sexta-feira, 29 de junho de 2012


Desaprender para aprender.


“Desaprender para aprender. Deletar para escrever em cima.
Houve um tempo em que eu pensava que, para isso, seria preciso nascer de novo,
mas hoje sei que dá pra renascer várias vezes nesta mesma vida.
Basta desaprender o receio de mudar"

segunda-feira, 11 de junho de 2012




                                             NA BEIRA DO ABISMO....



Já compararam o ato de apaixonar-se com jogar-se de um abismo: você sabe que a queda é dolorosa, mas a sensação de pular, o frio na barriga, o vento no rosto, o sentir-se vivo, inteiro, faz tal loucura valer pena.
Você está sozinho e procura por alguém. Fato: o ser humano não sabe ser sozinho. Procura sua metade, alguém que lhe faça bem, que o complete. Mas nessa busca (que não é fácil, muitos sequer conseguem terminar essa jornada) você acaba se deparando com questões complexas, como ‘O que eu realmente quero?’. Afinal, se todo mundo busca por alguém, por que tantas pessoas sozinhas ao nosso redor? Essas pessoas já não deveriam ter se encontrado?
Mas vamos supor que você encontrou alguém. E você está naquela situação, empolgado, na beira do abismo, borboletas na barriga (“butterflies, you make me feel like butterflies…”) e tem que se decidir: pulo ou não pulo? O céu azul, o vento no rosto, a liberdade… Parece que uma força te puxa, te chama, diz ‘Pule, seja feliz!’.
E é nessa hora que você pode escolher. Pois sim, existe um determinado momento em que a gente escolhe se vai ou se fica, se damos a cara à tapa ou se puxamos o freio, se pulamos no abismo ou se damos meia volta. A partir daí, sinto lhe informar, é por sua conta e risco.
E, normalmente, a gente pula. Sem verificar se existe rede de proteção, se temos asas, se sobreviveremos à queda. Pensamos apenas no céu azul, no vento no rosto, nas borboletas na barriga. Aquela sensação! Ahhhh, aquela sensação vale tudo!
Mas, muitas vezes, nos estabacamos no chão. Com força! E ficamos ali, machucados, expostos, desprotegidos… E dói. Dói muito. Até mesmo nos esquecemos que sentir aquela dor era um risco que estávamos dispostos a correr. E praguejamos, choramos, sofremos. Amaldiçoamos o abismo, o frio na espinha, as borboletas na barriga. Malditas borboletas, infelizes borboletas! Juramos que nunca mais,             NUNCA MAIS! vamos sofrer daquele jeito. Não vale a pena! E juntamos nossos caquinhos, nos remontamos, nos reerguemos. Pois apesar de não nos acharmos capazes, nós sempre sobrevivemos. É nosso instinto, é humano. Podemos nos refazer e ressurgir das cinzas. Seguimos nossas vidas. Observamos as pessoas à nossas volta, deixamos que o tempo se encarregue de colocar as coisas no devido lugar.
Até que num belo dia a lembrança daquela dor ficou pra trás. Estamos refeitos, trilhando o nosso caminho, a vida novamente nos eixos. E então surge um novo alguém que nos convida para um passeio… Empolgação, felicidade e, sem nos darmos conta, estamos ali novamente, na beira do abismo, apreciando aquele maravilhoso céu azul, o vento batendo em nosso rosto, o frio na espinha, as borboletas na barriga… Ah, as borboletas na barriga! Que sensação maravilhosa! E é nessa hora que você pode escolher. E então você pula novamente! Afinal, você pode voar!

terça-feira, 5 de junho de 2012


“Conhecimento verdadeiro traz humildade, inspira e encoraja a trazer uma mudança prática na vida.
Quem é humilde está disposto a aprender com todas as situações. Quando há conhecimento verdadeiro,
realeza e grandeza são reveladas em todas as palavras e ações.
Quando há conhecimento verdadeiro,
a pessoa permanece aprendendo continuamente.
Ter a capacidade de aprender com tudo que a vida traz,
é ter amor pelo conhecimento.
Quando amo o conhecimento,
sou capaz de experimentar auto-respeito.
Este auto-respeito me dá humildade para aceitar as situações e as pessoas como elas são.
Assim continuo aprendendo.
Então, seja qual for a situação ou a pessoa que eu encontrar,
isto será motivo para seguir em frente e progredir.”

domingo, 3 de junho de 2012


Desconstruções.....



Quando a gente conhece uma pessoa, construímos uma imagem dela. Esta imagem tem a ver com o que ela é de verdade, tem a ver com as nossas expectativas e tem muito a ver com o que ela "vende" de si mesma. É pelo resultado disso tudo que nos apaixonamos. Se esta pessoa for bem parecida com a imagem que projetou em nós, desfazer-se deste amor, mais tarde, não será tão penoso. Restará a saudade, talvez uma pequena mágoa, mas nada que resista por muito tempo. No final, sobreviverão as boas lembranças. Mas se esta pessoa "inventou" um personagem e você caiu na arapuca, aí, somado à dor da separação, virá um processo mais lento e sofrido: a de desconstrução daquela pessoa que você achou que era real.Desconstruindo Flávia, desconstruindo Gilson, desconstruindo Marcelo. Milhares de pessoas estão vivendo seus dias aparentemente numa boa, mas por dentro estão desconstruindo ilusões, tudo porque se apaixonaram por uma fraude, não por alguém autêntico. Ok, é natural que, numa aproximação, a gente "venda" mais nossas qualidades que defeitos. Ninguém vai iniciar uma história dizendo: muito prazer, eu sou arrogante, preguiçoso e cleptomaníaco. Nada disso, é a hora de fazer charme. Mas isso é no começo. Uma vez o romance engatado, aí as defesas são postas de lado e a gente mostra quem realmente é, nossas gracinhas e nossas imperfeições. Isso se formos honestos. Os desonestos do amor são aqueles que fabricam ideias e atitudes, até que um dia cansam da brincadeira, deixam cair a máscara e o outro fica ali, atônito.Quem se apaixonou por um falsário, tem que desconstruí-lo para se desapaixonar. É um sufoco. Exige que você reconheça que foi seduzido por uma fantasia, que você é capaz de se deixar confundir, que o seu desejo de amar é mais forte do que sua astúcia. Significa encarar que alguém por quem você dedicou um sentimento nobre e verdadeiro não chegou a existir, tudo não passou de uma representação – e olha, talvez até não tenha sido por mal, pode ser que esta pessoa nem conheça a si mesma, por isso ela se inventa.A gente resiste muito a aceitar que alguém que amamos não é, e nem nunca foi, especial. Que sorte quando a gente sabe com quem está lidando: mesmo que venha a desamá-lo um dia, tudo o que foi construído se manterá de pé.